“A autossuficiência é incompatível com o diálogo”
(Paulo Freire).

A presente edição da Revista Pontes, além de contar com artigos que dialogam com diversas áreas do conhecimento humano, como Filosofia, Educação, Letras, História e Administração, conta também com duas entrevistas.
A primeira das entrevistas, com Roberto da Silva, Professor Associado da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP), traz elementos relacionados à juventude órfã e abandonada, ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), Paulo Freire, Direitos Humanos e à Pedagogia Social. A segunda, com José Fernandes Weber, Professor Associado de Filosofia da Universidade Estadual de Londrina (UEL), traz vários olhares acerca de Nietzsche, redes sociais, produtividade acadêmica e burocracia universitária. Além desses aspectos, ambas entrevistas são ricas em elementos biográficos, como o fato do Professor Roberto da Silva ter ficado um tempo preso no Carandiru, e o Professor José Fernandes Weber ter cursado dois mestrados ao mesmo tempo, um na Universidade Estadual de Maringá (UEM) e outro na Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP).
Os artigos, por sua vez, encontram-se assim dispostos:

• “As consequências metafísicas do método científico newtoniano: uma análise do experimento do balde”, de Daisy Aparecida Poltronieri e Pedro Falcão
Pricladnitzky;

• “A Essência da Religião e o seu caráter não-violento na ética de Emmanuel Lévinas e Herculano Pires”, de Rogério Luis da Rocha Seixas e Edson Santos
Pio Júnior;

• “Na falta de nariz, ‘um espaço liso, plano, inútil’”, de Kellen Wiginescki;

• “A presença da morte como recurso revelador da realidade e dos sentimentos humanos no conto ‘La muerte’ de Mario Benedetti”, de Sebastião Soares de
Castro;

• “A reconfiguração do papel do consumidor e a consequente utilização do discurso humanizador da marca como recurso de fidelização”, de Renato Nunes Bittencourt e Luiza Cunha Muner;

• “Os fetiches do historiador: o documento, o material e o sujeito”, de Jean Carlos Pereira de Souza.

Por fim, esperamos, através dos respectivos trabalhos, que o diálogo entre as ciências possa se estender cada vez mais, tendo em vista que a autossuficiência é um dos venenos mais perigosos para a própria existência.

Felipe Figueira e Nivaldo Elói de Souza
Editores