REVISTA PONTES – PRÁTICAS INTERDISCIPLINARES

Há poucos espaços em que é possível compartilhar experiências docentes e diálogos interdisciplinares (entre música e física, por exemplo) sem que estes tenham por princípio um grande formalismo, que pode ter por base um extenso referencial teórico e linhas-mestras traçadas pelo próprio editorial científico. Há poucos espaços, portanto, que permitam aos pesquisadores exercerem liberdade de criação, o que não implica perda de profundidade de determinada problemática.
A imagem que ilustra a nossa Revista é a de uma ponte projetada pelo grande polímata renascentista Leonardo da Vinci. Leonardo passou para a história como alguém que, à parte quisera ser lembrado como engenheiro militar, se dedicou incansavelmente às artes de forma geral, como a pintura e a escultura, sendo que para ele pouco sentido faria essa divisão entre as áreas, como as engenharias e as artes.
A contemporaneidade é herdeira do positivismo que dividiu a ciência por áreas, o que resultou em ganhos, como uma maior precisão técnica, mas também em perdas, como uma visão embaçada para o geral. O universo escolar, nesse horizonte, tantas e tantas vezes empurra as barreiras das ciências para bem longe (o que não significa que as especificidades dos métodos e das técnicas se esfumacem), tornando a escola, ao mesmo tempo, uma biblioteca e uma oficina, bem ao estilo do autor do “Homem vitruviano”. É com o princípio de integrar as ciências, em suma, seja através de relatos de experiências de ensinoaprendizagem, seja através de diálogos interdisciplinares, que a Revista Pontes se coloca.
Diante do que foi apresentado, a Revista Pontes aceitará para publicação artigos, relatos de experiência, poesia, conto, crônica, resenhas e traduções com temática livre. Além disso, poderão ser propostos dossiês, desde que tenham por base o princípio da Revista, que é o de prezar pela interdisciplinaridade.