A presente edição da Revista Pontes, já em seu quarto número, segue firme no propósito editorial que é o de prezar pela interdisciplinaridade. Para tanto, não se furta aos mais diversos debates, que vão desde um olhar psicanalítico sobre o judiciário, análise esta feita por um ex-magistrado venezuelano e atualmente artista de rua em Boa Vista, até questões que envolvem a educação especial, a questão indígena e o ensino de ciências (de forma especial, o ensino de física), dentre outros temas.

E por que uma revista possui um escopo tão diversificado? A resposta para tal questão pode receber as mais diversas perspectivas, mas a nossa resposta, muito
particular, é a de que tudo o que diz respeito à humanidade diz “essencialmente a todos os homens” (Albert Schweitzer). Dito em outras palavras, busca-se estimular a curiosidade e o interesse por temas diversos, algo que devido ao formato acadêmico atual (e não só atual), acaba por isolar as ciências. Acaso algo das humanidades não pode interessar a alguém das exatas, e vice-versa? Assim, busca-se romper um pouco das divisões das ciências e alimentar a curiosidade e a unidade na pluralidade.

A origem dos artigos, por sua vez, mostra que a Revista Pontes tem recebido trabalhos dos mais diversos lugares do Brasil. São estas as instituições envolvidas: Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade Estadual de Maringá (UEM), Universidade Estadual do Paraná (UNESPAR), Instituto Federal do Paraná (IFPR), Grupo Rhema Educação (de Arapongas-Paraná) e Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR). Além disso, há o mencionado trabalho (um ensaio) do ex-magistrado venezuelano, Oswaldo José Ponce Pérez, sobre a relação entre direito e psicanálise. O referido magistrado não faz parte de nenhuma instituição acadêmica (pelo menos por enquanto), mas ele próprio não deixa de ser uma instituição.

Boa leitura!

Felipe Figueira e Nivaldo Eloi de Souza

Editores